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24 de junho de 2012

Xangai e Quinteto da Paraíba – Um abraço pra ti pequenina ( 1998 )




Esse disco veio da idéia de gravar um disco somente com músicas de compositores paraibanos. Entre eles Vital Farias, Chico César, Zé Ramalho, Jackson do Pandeiro, Rosil Cavalcanti, Zé Marcolino, Sivuca, Cátia de França, Antonio Barros, Herbert Viana e Geraldo Vandré. 
Participação especial de Vital Farias nas faixas “Serrote agudo” e “Caso você case”. Arranjos e direção musical de Sérgio Galo e Acompanhamento do Quinteto da Paraíba, que é composto por Yerko Pinto, violino; Ronedilk Dantas, violino; Samuel Espinoza, viola; Nelson Campos, violoncelo; e Xisto Medeiros, baixo acústico.
É um álbum com arranjos bem leves, que não visam ser dançantes, mas em compensação capricham nas harmonias e dão um clima bem flutuante para as versões das músicas já conhecidas de todos nós. Destaque para “Filomena e fedegoso” de Jackson do Pandeiro e Elias Soares.


Faixas:.

01 Filomena e fedegoso (Jackson do Pandeiro – Elias Soares)
02 Alagados (Herbert Vianna – Bi Ribeiro – João Barone)
03 Meu sublime torrão (Genival Macedo)
Ave de prata (Zé Ramalho)
04 Djaniras (Kátia de França – Xangai – Israel Gomes)
05 Os galos (Kátia de França)
Reunião de tristeza (Sivuca) 
06 Miragem do porto (Braulio Tavares – Lenine)
07 Caso você case (Vital Farias)
08 Sodade meu bem sodade (Zé do Norte)
Saudade senhora dona (Chico Cesar)
09 Brincadeira na Fogueira (Antonio Barros)
10 Serrote agudo (Luiz Gonzaga – Zé Marcolino)
Roendo unha (Luiz Gonzaga – Luiz Ramalho) 
11 Beijo morte beijo (Pedro Osmar – Jaiel de Assis)
12 Forró na gafieira (Rosil Cavalcanti)
13 Coleção (Cassiano – Paulo Zdanowski)
Canção primeira (Geraldo Vandré)


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Milton Dornellas com Quinteto da Paraíba - Ancestrais




18 de junho de 2012

Entrevista de Beto Brito no Programa do Jô em 200

Entrevista de Beto Brito no Programa do Jô em 2008, lançando o Disco Imbolê.






Geraldo Idalino (Geraldo da Rabeca) - um Violino no Forró



Sobre o Artista:
Geraldo Idalino Luiz era mais conhecido como "Geraldo da Rabeca", nasceu em 04 de Novembro de 1942 na cidade de Nova Cruz, no estado do Rio Grande do Norte, mas, a partir do ano de 1972 fixou residência em Campina Grande -PB onde faleceu no dia 08 de Novembro de 2007. 
Seu Geraldo começou a tocar rabeca com 05 anos de idade (de forma autodidata) ainda em Nova Cruz-RN. Músico muito conhecido nas feiras do Nordeste, onde se apresentava com seu grupo, Seu Geraldo tocou durante muito tempo em programas de rádio na Paraíba, Rio Grande do Norte, Bahia e Pernambuco (onde morou durante dez anos, antes de fixar residência em Campina Grande). 
Seu Geraldo da Rabeca têm 07 álbuns gravados, sendo 05 CD's e 02 LP's. É um legítimo representante da cultura musical nordestina, e um dos últimos representantes de uma geração da qual fizeram parte Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro (que conseguiu, no Rio de Janeiro, o primeiro contrato de gravação para Seu Geraldo, e que deu origem ao álbum "Um Violino no Forró"), Marinês e Sivuca.

Sobre o disco:
Gravado por iniciativa de Luiz Gonzaga, este foi um dos cinco discos gravados por Geraldo Idalino, rabequeiro paraibano.
Dono de um fraseado ímpar e bastante aparentado do chorinho, Seu Geraldo da Rabeca nos presenteia com baiões, maxixes e sambas deliciosos, com sua rabequinha e acompanhamento regional.
Quanto ao título do disco, corre a lenda que os produtores do disco queriam evitar a palavra "rabeca", pois este termo era considerado um pejorativo para "violino". 
Para aqueles que já baixaram o disco "as músicas de rabequeiros", vale a pena ouvir a versão original de "enxuga o rato", quarta faixa deste título. Para aqueles que curtem um forró mais safado, na linha do grande Genival Lacerda, vale curtir a quinta faixa: radinho de pilha, em bela versão xoteada e instrumental. 
Aproveite mais esta raridade!!

Faixas:
01- Forró de Jeremias
02- Forró do Chico
03- A vida do meu sertão
04- Enxuga o rato
05- Radinho de pilha
06- Forró do Zé Boró
07- Menina vem pro forró dançar
08- Forró da Cachoeira
09- Forró na casa de pedra
10- Araripina
11- É proibido cochilar
12- Xaxado de Antônio Silvino


veja matéria da TV Itararé sobre Geraldo Idalino ( Geraldo da Rabeca)


12 de junho de 2012

Zé Marcolino – Pedra de amolar (2004)


Grande homenagem a um dos mestres da música Paraibana, este Cd não pode faltar no acervo de quem gosta de Forró de verdade. Idealizado por Socorro Lira dentro do Projeto Memória Musica da Paraíba vol 2, o disco conta com material inédito, inclusive com voz do poeta Zé Marcolino falando sobre intérpretes para algumas músicas. Olha só os artistas que fazem parte desse disco: Flávio José, Dominguinhos, Sivuca, Quinteto Violado, Socorro Lira, Vital Farias, Marinês, Santana, e por ai vai. Atualmente não se encontra esse cd para vender em canto nenhum, portanto ficamos muito felizes de postar essa grande obra da poesia nordestina e compartilhar com vocês.

Faixas:
01 Pedra de amolar (Zé Marcolino) Socorro Lira – Baião
02 Sertanejo forçado (Zé Marcolino) Dominguinhos – Baião
03 Rio da barra (Zé Marcolino) Flávio José – Xote
04 Casa de cantador (Zé Marcolino) Maria da Paz – Toada
05 Toada de Filismina (Zé Marcolino) Vital Farias e Fátima Marcolino – Toada
06 Eu e o carão (Zé Marcolino) Miguel Marcondes e Luíz Homero – Recitativa
07 Ciúmes da Lua (Zé Marcolino) Irah Caldeira – Modinha
08 Cabocla matadeira (Zé Marcolino) Zé Marcolino e Bira Marcolino – Baião
09 Solidão de cabôclo (Zé Marcolino) Marinês – Baião
10 Flor do pajeu (Zé Marcolino) Maciel Melo – Baião
11 Mulher carente (Zé Marcolino) Kátia Virginia – Samba
12 Forró do fuzuê (Zé Marcolino) Gláucio Costa – forró
13 Semelhança (Zé Marcolino) Bira Marcolino – Samba
14 Mulher esperança (Zé Marcolino) Quinteto Violado – Marcha
15 Obrigado, meu Deus (Zé Marcolino) Santanna – Chorinho canção


11 de junho de 2012

Biliu de Campina - Diga sim ao Biliu (2002)



Encontramos mais um disco que estava faltando na discografia do Biliu de Campina, lançado em 2002 com o Título "Diga sim ao Biliu de Campina" ele mostra sua faceta irreverente fazendo um trocadilho da campanha nacional do Combate a Pirataria: Diga Não a Pirataria. Como diz Bráulio Tavares " Biliu foi o cara que fez a metalinguagem da pirataria".




Faixas:
01- Peso da Solidão
02- Veludo
03- Sivucado ou Dominguado
04- Bisaco de Caçador
05- Bom e besta
06- Paganini, Limeira e Biliu
07- pau de Arara do amor
08- Querendo te Amar
09- Sinto sua Falta
10- Forro de Improviso


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Sonora Samba Groove - Gentileza (2012)



Um novo olhar sobre a música de Parahyba vem com o segundo EP da Sonora Sambagroove. Com um show recheado pelas vinhetas envenenadas e pelo Balanço peculiar das versões de respeitáveis figuras da música brasileira – Buarque, Di Melo e Paulinho da Viola, dentre outros e que compõem o primeiro EP da banda, a Sonora se prepara para apresentar uma produção de músicas inéditas, em março de 2012. “Uma aventura – lúdica”, afirma o baixista da banda, Chico Limeira, ao comentar sobre o novo EP, “a gente fez tudo junto e da forma mais natural possível, preservando a ideia das músicas inéditas e amadurecendo sempre com as possibilidades”. O single “Fugirei”, de autoria de Arthur Pessoa (Cabruêra), lançado inicialmente no site (sonorasambagroove.com.br), e gravado no Estúdio PeixeBoi, em setembro de 2011, é um aperitivo do que vem no EP “Gentileza”. Músicas de Adeildo Vieira, Pinto do Acordeon, além das de autoria do próprio grupo, completam esse segundo trabalho da banda, mais maduro e composto integralmente por canções de compositores paraibanos. “Construir esse EP foi importante para a nossa carreira, temos o prazer de ter músicas de Arthur Pessoa, do mestre Adeildo Vieira e nossas também”, assinala o baterista da Sonora, Nildo Gonzalez. Débora Malacar, vocalista da banda, complementa: “a Sonora vem passando por um sutil processo de metamorfose, se sustentando pelo amadurecimento pessoal e coletivo, o que permitiu a utilização de interessantes nuances, resultando num EP gostoso de se divertir. É bonito ver a finalização desse trabalho e o apoio dos músicos envolvidos, tornando‐o genuinamente paraibano. Genuinamente Sonórico”.

Desde a sua formação, em 2006, a Sonora Sambagroove percorre o circuito noturno do nordeste, levando ao seu show música mundial reapresentada com os olhos brasileiros de intensa vivência urbana pessoense. “Cadê o Dega?”, primeiro EP da banda, lançado virtualmente, em 2009, foi acompanhado do Making Of das gravações e encontra-se disponível para baixar na rede. Nesse trabalho, a Sonora registrou o clima mostrado em seus shows por meio de reinterpretações de Chico Buarque, Vinícius de Morais e Baden Powell, para citar alguns.

Para Macaxeira Acioli, percussionista da Sonora, no segundo registro fonográfico da banda, “a intenção foi levar a energia do palco para o estúdio”. “Gentileza” vem com a pegada ao vivo em primeiro plano, conclui o guitarrista, Fabiano Furmiga, “gostamos mais do som dos cinco tocando juntos na mesma onda. Essa é a cara da banda”. Por isso, enquanto março não chega, o público pode curtir “Fugirei” e sentir o original som de Parahyba propagado pela Sonora Sambagroove.

Selecionada entre 567 projetos em todo Brasil, a banda se prepara para atravessar fronteiras e mostrar seu trabalho para a plateia europeia, em setembro de 2012 no II Hay Espíritu, em Madri – Espanha, viabilizando uma turnê por outros países da Europa. (www.espiritomundo.com)


9 de junho de 2012

Saudades de Café com Leite


Recebemos esse texto do Jonas Duarte, professor doutor do Departamento de História da UFPB, em João Pessoa – PB. (Texto escrito em 10/06/2008)
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(Foto extraída do livro/biografia do Jackson)



Recebemos esse texto do Jonas Duarte, professor doutor do Departamento de História da UFPB, em João Pessoa – PB. (Texto escrito em 10/06/2008)
“Hoje, 10 de julho, marca o desaparecimento físico de dois dos maiores artistas brasileiros. Rosil Cavalcanti e Jackson do Pandeiro. Rosil e Jackson formaram uma unidade sonora, expressando a alma brasileira, em especial a nordestina.
Rosil veio para Paraíba, de Macaparana, Pernambuco, logo cedo. Atrás de estudo e trabalho. Trouxe consigo o brejeirismo e a poesia daquelas encostas chuvosas da Borborema sudeste, coalhada de pequenos produtores de banana e mandioca. Culto e talentoso, dono de uma forma poética típica da nossa “nordestinidade”, que se algum crítico, algum dia procurar caracterizar, rotular, necessariamente falará de um “realismo nordestino”. Suas músicas eram crônicas da vida do povão dos agrestes, brejos e sertões do Nordeste. Em suas narrativas, muito de comédia e drama; de João Grilo e Djacyr Menezes; de Zé da Luz e Zélins; de Zé Limeira e Gilberto Freyre. Seus forrós, baiões, rojões ou lamentos eram a expressão rítmica da vida nordestina.
Jackson do Pandeiro nasceu José Gomes Sobrinho, em Alagoa Grande, Paraíba. Foi durante um tempo Jac (influência dos bang-bang estadunidenses da época), mudou-se para Campina Grande cedo em busca de trabalho. Carregava balaios de pães na cabeça entregando das padarias nas bodegas de alguns bairros. Muito pobre era moleque de rua durante o dia e Bedegueba (palhaço) de Pastoril à noite. Vivia nos cabarés da feira central de Campina. As donas dos cabarés lhes davam guarida, dormida e comida. Já se percebia o talento, a ginga.
Nos anos 40, Rosil e Jackson se encontraram na capital paraibana. Formaram a dupla Café com Leite na Rádio Tabajara. Café era Jackson (negro, descendente dos crioulos da Caiana, do quilombo de Alagoa Grande), Leite era Rosil, sua pele branca justificava o apelido. Nascia o imponderável. Jackson já era artista do povo daqui e queria ser artista do Brasil. Rosil era um poeta, que nas horas vagas se dedicava àquela arte.
Jackson seguiu em busca de seu destino. Foi para Recife. Rosil seguiu para Campina Grande, onde foi trabalhar como fiscal de renda, fiscalizando a qualidade do algodão comercializado na “Liverpool das Américas”, como chamavam Campina na época. Campina era a potência econômica de todo Nordeste. Ali sempre estava cheio de gringos e paulistas. Vinham em busca do “Ouro branco” dos sertões. Campina tinha um ar metropolitano em comparação as pequenas cidades espalhadas Nordeste adentro. Era uma extensão de Recife. O trem que transportava o algodão e as riquezas paraibanas ligava Campina a Recife, via Itabaiana. Daí que, em Campina se respirava muito dos ares cosmopolita recifense. Ao mesmo tempo Campina recebia o sertão diariamente. Levas de sertanejos almocreves transportavam sua produção e sua cultura ao entroncamento da Borborema. Ali se vivia um clima propício à poesia. Ali efervescia um movimento cultural espontâneo, síntese de uma região, que no processo de industrialização nacional se amoldava como a parte “atrasada” de um capitalismo desigual e combinado que se configurava no Brasil, seguindo os moldes do capitalismo mundial.
Em Campina, Rosil não continha seu impulso artístico. Foi trabalhar na rádio Borborema. Criou um programa de noticiário policial Radar, ancestral de qualidade desses folhetins deploráveis que se tornaram os boletins polícias das emissoras de rádio de hoje em dia, apenas expressando a situação também deplorável que se vive no “submundo” do crime. Mas, o grande sucesso de Rosil foi o “Forró do Zé Lagoa”. Programa de forró que animava as noites de toda a Borborema. Do Cariri ao Brejo, onde chegavam as ondas sonoras em Amplitude Modulada (AM), da Rádio Borborema. As pessoas paravam para ouvir o Zé Lagoa. O aparelho de rádio se popularizava em Campina Grande e em seus arredores e Zé Lagoa (Rosil Cavalcanti) era a estrela maior. Sua audiência era total. A Rádio Borborema tinha auditório e o Programa era transmitido do auditório, ao vivo. Ali se fez concurso de sanfoneiro, de dançarino, de beleza, de teatro, etc. Na realidade era uma rádio-teatro. Rosil tinha um carisma impressionante e cativava todos e todas. Os artistas famosos da Rainha da Borborema e de todo o Nordeste tinham presença garantida nos finais de semana. Campina virou uma espécie de centro da cultura regional.
Rosil não parava de compor. Certo dia enviou para o amigo Jackson, uma “brincadeira” musical para Jackson “improvisar” em suas apresentações quase sempre frustradas na rádio Jornal do Comércio. Nesse dia Jackson se soltou. Entrou no palco com a ginga dos sambistas que conheceu no “Zepa”, em Campina Grande, com os ritmos das coquistas de seu quilombo em Alagoa Grande, com as mugangas dos tempos de Bedegueba em cima de caminhões em pastoris por Queimadas, São José da Mata, Bodocongó, Ligeiro, Barracão de Luiz de Melo, etc. Entrou com um pandeiro na mão e gritou: Convidei a cumade Sebastiana pra dançar um xaxado na Paraíba. Ela veio cum uma dança diferente pulava qui só uma guariba e gritava A, E I, O, U ipsilone. Nesse dia nasce Jackson ou JackSOM do Pandeiro. O sucesso da “Cumade Sebastiana” que recebeu o título de Sebastiana foi tanto que em pouco tempo, os palcos de Jackson eram no Rio de Janeiro e São Paulo. A música do Nordeste deixou de ser só o Baião do Lua do Nordeste, o Gonzagão, para ser também: o Rojão e o Forró; o Coco. Jackson vai “empareiar-se” com Gonzaga em termo de sucesso, de apelo popular. Vai fazer sombra ao Lua do Sertão. Gonzaga já abrira as portas da Indústria Fonográfica para a música originária da parte “atrasada” do Brasil. Jackson escancara.
Rosil não deixara Campina. Ali havia criado raízes. Sentia-se em casa. Era de fato, sua casa e sua família. Nas madrugadas de sextas, sábados e/ou domingos ele juntava uma trupe e ia caçar em alguma fazenda próxima a Campina. Nessas caçadas de nhambu, caçava também talentos e, sobretudo, a alma popular nordestina. Nessas caçadas Rosil encontrou os sanfoneiros Pedro Mendes, Diomedes, Josinaldo, Chicó e tantos outros que ele levava para as apresentações em seu Programa. Também promoveu os forrozeiros de Oito Baixos e cantores da mais autêntica música brasileira, produzida ali entre os penhascos da Borborema. Vivia-se a época de ouro do Forró.
Em suas fugas, Rosil preferia o Cariri. Tinha um cantinho preferido na Vaca Brava ou Tôco do Pade, hoje Campo de Emas, onde nasci, vivi e retorno quando posso. Lá, Zé Lagoa, como o chamavam, enrolava seus amigos, dizendo-se caçador, dava uma volta e apreciava a paisagem caririzeira. Voltava antes de todo mundo, tomava uma “bicada” na “Bodega de Hemetério” e armava uma rede, sempre limpa e pronta para o Zé Lagoa, sob a sombra carinhosamente organizada pelos galhos de uma Quixabeira e de um Umbuzeiro, entrelaçados. Parece, sabiam as árvores, que ali estava um ramo seu, um poeta de suas dores e alegrias. O chão sempre limpo, pois rodas de aprendizes de sanfoneiros e sanfoneiros já premiados se “aprochegavam” à Rosil para criarem versos, músicas e brincarem ao dedilhar da sanfona de Pedro Mendes. Ali nasceu Meu Cariri e Aquarela Nordestina, duas das mais lindas canções de Rosil. Suas andanças nas terras caririzeiras também o instigaram à Festa do Milho e diversas outras que fizeram e fazem nordestinos chorarem Brasil afora.
No dia 10 de julho de 1968, no início da tarde, Rosil se sentiu mal quando descansava sob a sombra do Umbuzeiro e da Quixabeira. Pediu um chá para “desempachar”, reclamou mais uma vez do mal-estar e anunciou: vou pra Campina, não estou bem. Na noite daquele dia, como em todos os outros, moradores, trabalhadores rurais, fazendeiros e a população daquela área em geral se aglutinava nas casas onde havia um Rádio, daqueles grandes, a bateria, pra ouvir o Forró de Zé Lagoa. Em vez da música introdutória na voz vibrante de seu parceiro Café, dizendo: se você não viu, vá ver que coisa boa, em Campina Grande, o Forró do Zé Lagoa, se ouviu uma fúnebre anunciando o falecimento do poeta da caatinga, dos cariris, do Nordeste. O Nordeste parou. Campina Grande assistiu a mais profunda comoção que a atingira. Desaparecera subitamente sua síntese poética, suas alegrias e suas tristezas. Os contornos da feira central ficaram sem graça. A feira da Prata perdeu o charme. Macambiras e xiquexiques murcharam. Juritis, asas brancas, ribaçãs arribaram. O povo, a população simples e pobre das periferias de Campina e dos municípios visinhos se encerrou em luto. Campina Grande não comportou a quantidade de pessoas para o último adeus ao poeta que a cidade adotou.
Jackson continuou sem Rosil. Cantou composições de dezenas de outros compositores e muitas suas, que ele não assinava. Cantou o samba nordestino, urbano, da malandragem da periferia do Zepa, de Bodocongó, da Liberdade, do Serrotão e uma diversidade de crônicas riquíssima da vida nordestina. Viveu 15 ou 16 anos sem sua mistura preferida. Num 10 de julho do início dos anos 80, voltam a se misturar noutra dimensão. Jackson volta a encontrar Rosil. Certamente as paisagens cantadas, as histórias narradas, as caricaturas e brincadeiras da cultura regional voltou a ser matéria prima do Café com Leite. A 40 anos da morte de um e 25 da do outro, tenho a impressão que a lacuna deixada por eles ainda não fechou, nem fechará. As estripulias do Bedegueba de pastoril que conquistou o Brasil que formava uma unidade indissolúvel com a pureza da poesia de Rosil desandaram por um tremelique sem graça, como pacote comercial: hermético, fechado, sem poesia, sem a malicia deliciosa dos personagens de Ariano; sem a alma criativa de Zé da Luz; sem os absurdos extravagantes e maravilhosos de Zé Limeira; sem a alma nordestina.
Venceu a imbecilidade do mercado!
Mas a dupla está mais presente do que nunca entre os amantes da boa música. A tecnologia que é usada brutalmente para ferir a cultura popular, também nos permite ouvir Jackson do Pandeiro, sentir o gingado, a malandragem do povão de Campina, do Nordeste, do Brasil. É possível matar a saudade de Rosil Cavalcanti ouvindo o próprio Jackson, mas também Gonzaga e uma diversidade enorme de sons. Pois é, dia 10 de julho é um dia fatídico para a cultura popular nordestina, mas é também o dia de reencontro, da mistura perfeita do Café com Leite.

5 de junho de 2012

Biliu de Campina e Gilberto Gil ( Foto)

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Biliu de Campina e Gilberto Gil juntos em Campina Grande no lançamento do movimento político-ecológico "ONDA AZUL" (outubro/89). O show, realizado no Parque do Povo, foi uma homenagem aos 70 anos de Jackson do Pandeiro.



Biliu de Campina- Forrólogía







Enceramos por enquanto nossa postagens sobre Biliu de Campina, este CD parece ser o mais recente em estúdio do cantor, estamos ainda em falta com quatro discos do cantor que são: Matéria Paga (1993), Forro um Ano Inteiro, Diga sim a  Biliu de Campina (2002) e por último o seu DVD gravado no restaurante Mororó em Campina Grande em 2011 com o título de "Biliu de Campina Antes que o Mundo se Acabe". esperamos a colaboração de vocês para completarmos a discografia desse carrego, e o seu  São João agora será mais animado com as músicas de Biliu de Campina.

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por último deixamos aqui umas das grandes frases que  Biliu sempre solta, seja no palco ou em entrevista ou conversas pelo  centro de Campina  Grande:


..."me sinto muito bem quando sou incluído na relação dos chamados artistas da terra, já que desconheço artistas de outros planetas, assim como: Plutão da Sanfona, Netuno do Rojão, Júpiter do Zabumba, ou os ETs do Forró".


Biliu de Campina - Coco de Pandeiro



O disco é todo gravado apenas com voz e pandeiro, onde Biliu canto os cocos de seu repertório que é sempre muito bem elaborado com musicas  de  Jacinto Silva, Manezinho Silva, Bezerra da Silva, etc.

Faixas:
01- Olha o coco
02- Se não souber dizer
03- Embolada com T
04- Dungo dungo
05-Coco do Cão
06- paraibariá
07- O pobre e o rico
08-  Mulher avião
09- Coco de Obrigação
10- comparação 




Biliu de Campina - Se Toque... no Forró

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Biliu de Campina - Ao Vivo São João de Campina Grande - 2008

Mais um disco de Biliu gravado no Parque do Povo, além do grande repertório sempre muito cravado nas raízes do forro , que traz musicas de Luiz Gozaga, Jacinto Silva, Jackson do Pandeiro, e por ai  vai,  o disco também tem as famosas resenhas e carregos que  Biliu sempre faz no palco e principalmente quando toca em  Campina Grande. O disco Contém 30 faixas de muito  forro e resenha.

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Biliu de Campina - Ao Vivo São João de Campina Grande - 2005




Um disco Pirata de Biliu, o disco foi gravado durante sua apresentação no Palco principal do São João de Campina Grande, ocorre que essa é uma prática muito comum, o pessoal da mesa de som grava o show e depois edita as faixas e joga na rua para os vendedores de Cd Pirata. Esse disco é muito rico de informações, durante o intervalo das músicas Biliu gosta de fazer a resenha e contar as historias do Forró. Contém 21 faixas.












Biliu de Campina - Forró Pé e cabeça de Serra- ao vivo de Miguelito ( 20





As músicas foram gravadas em estúdio, mas como o próprio titulo diz é ao vivo de miguelito, no meio das faixas ouvimos sons de palmas e vozes como se fossem uma platéia, esse Biliu é carrego mesmo. Não conseguimos achar a capa do disco.




Faixas:


01- Abertura
02- Moxotó
03- Eu me lembro
04- Umbuzeiro de saudade
05- Empregada doméstica
06- Vou veranear
07- Coco repeado
08- Coco no pé
09- Tropeiros da Borborema
10- Um lugar ao sol
11- vendedor de caranguejo
12- Ultimo pau de arara
13- Aquarela Nordestina
14- Pedido a Padre Cícero
15- Pó de chifre
16- Boi na cajarana
17- Galope diferente
18- Assunto novo
19- Mulher avião
20- Tá me dando a louca
21- melhor do que tu
22- Coco do Cão
23- É só coco


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Biliu de Campina - Forrobodologia*








Biliu de Campina - Do jeito que o Diabo Quer*


Severino Xavier de Sousa (Campina Grande - PB, 1 de março de 1949), mais conhecido como Biliu de Campina, formou-se em Direito, mas deixou a profissão deadvogado para ser músico, resgatando o forró de raiz. Biliu é um forrozeiro que transita pela sua cidade natal tranqüilamente, sendo um referencial e um patrimônio cultural da cidade. É fácil encontrá-lo no meio dos turistas no Parque do Povo e horas depois está em cima do palco fazendo show.



Se auto-intitula como o maior carrego de Campina Grande. Critica as bandas de forró eletrônico e forró universitário, classificando-os como sendo travestis de forrozeiros, que aparecem como Balão junino; fazendo forró a força e dizendo que estão dando força para o Forró.

Biliu lançou três discos independentes: Tributo a Jackson e Rosil; Forró O Ano Inteiro e Matéria Paga. E lançou dois CDs independentes: Do Jeito Que O Diabo Gosta e Forrobodologia. Em 2002 mantendo seu lado irreverente, lança: Diga Sim A Biliu de Campina, trocadilho da campanha nacional do Combate a Pirataria: Diga Não a Pirataria.

O Forró de Biliu tem toda a essência dos forrós tradicionais, com um suingue característicos dos discípulos de Jackson e uma irreverência no duplo sentido das letras que mostra bem toda a malicia e o bom humor nordestino. O mesmo mantém um trabalho local por opção e por falta de oportunidade de mostrar seu trabalho a nível nacional; não quer se desgastar no sudeste, batendo portas lacradas e trocado por modismo do mercado fonográfico. Fonte: Wikipédia

*Não conseguimos achar dados sobre o ano do disco.

Faixas:

01- Galope Diferente
02- Paraibariá
03- Sinto falta
04- Chifre sem dor
05- Coco Limeriano
06- Melhor do que Tu
07- Um Mundo de São João
08- Catirina 
09- Mulher Avião
10- Do jeito que o Diabo quer
11- A grande herança
12- Embolada com T
13- O pobre e o rico
14- candidato a Virar boi

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Ficha técnica:

MÚSICOS:
Biu Alambique: Sanfona
Beto Piller: Baixo
Fernando Trumpet: Piston
Vaguinho (Dudutinha): Cavaquinho
Dudé (Black Donkey): Zabumba
Dudé, Biliu, Ton Oliveira: Triângulo/agogô/pandeiro
Vicente Di Caprio: Ganzá

VOCAL:
Flavinho e Vânia

PARTICIPAÇÃO:
Regional Fumo no Pilão

DIREÇÃO MUSICAL:
Biliu de Campina

PROJETO GRÁFICO
Lamark Bezerra de Melo

TEXTOS:
Noaldo Ribeiro

QUADRO DA CAPA
Margarete Aurélio

GRAVADO NO ART STUDIO CAMPINA GRANDE

TÉCNICO DE GRAVAÇÃO:
Ton Oliveira

MIXAGEM E REMASTERIZAÇÃO
Augusto Brasileiro

FOTOS:
Leonardo Silva e Nicolau de Castro; arquivos do Jornal da Paraíba e da CODECOM-PMCG


1 de junho de 2012

Programação do São João do Bar do Tenebra (CG)

O São João alternativo do Bar do Tenebra se tornou uma atração complementar do São João de campina Grande, e já há alguns anos vem atraindo pessoas que querem curti um som Local e Alternativo. Um lugar muito bom repleto de pessoas do bem que querem curti o São João numa boa e com muita Cultura!! 
Esse ano indo por outra via, o São João do Tenebra inova mais uma vez, enquanto as cidades de Caruaru e Campina Grande estão homenageando o centenário de Luiz Gonzaga, o São João do Bar do Tenebra irá homenagear um outro grande nome da música regional, que é o maior Carrego do Mundo, Biliu de Campina, grosso nadinha e mais brabo que um siri numa lata, mas com certeza um grande representante da Cultura Nordestina.
  Veja a programação do São João do Fim do Mundo Do Tenebra!!!!



Localização: Rua: Sebastião Donato, próximo ao Parque do Povo.