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30 de agosto de 2012

Armazém da Melodia Incompleta - Armazém da Melodia Incompleta(EP)



Release

O Armazém da Melodia Incompleta surge em 2010 com a vontade de fazer música instrumental brasileira, flertando com estéticas musicais estrangeiras. As composições passeiam por ambiências e narrativas diversas: desde o frevo ao rock; do jazz ao samba; do baião ao funk. Determinando um caráter universal na personalidade das músicas.
Em quase dois anos de estrada o grupo já se apresentou em alguns festivais: Rock na Consciência (evento da Nova Consciência), Grito Rock Campina Grande (o maior festival integrado da América Latina), III Overdoze SESC PB ( ganhamos o prêmio "Incentivo Destaque") e o Festival Borborema (Festival de música independente autoral de Campina Grande), Festival de Inverno de Campina Grande.
Os três componentes: baixo, bateria e guitarra se revezam no preenchimento dentro das composições, estabelecendo assim uma profundidade e entendimento melhor ao subjetivar nas músicas acontecimentos, sejam eles reais ou fictícios capturados da bagagem cultural de cada integrante do grupo.



Contatos:
(83) 8844 - 5033 - Igor Carvalho
(83) 8894 – 1343 - Alisson Callado
armazemdamelodiaincompleta@gmail.com
https://www.facebook.com/pages/Armaz%C3%A9m-da-Melodia-incompleta/280229568657487





29 de agosto de 2012

Madalena Moog - Philipéia (2012)



Madalena Moog é uma banda que já participa há algum tempo do cenário independente de João Pessoa. O seu mentor, Patativa Moog, não é paraibano de nascença, mas é de vivência. Mora no centro histórico da cidade, e tem o privilégio de ser quase vizinho de um dos principais pontos de encontro de figuras interessantes do lugar: a Cachaçaria Philipéia. Philipéia de Nossa Senhora das Neves é o nome colonial da capital paraibana. A cachaçaria é um ponto focal do centro, um daqueles lugares tão carregados de conversas sóbrias e bêbadas que só de se entrar a pessoa já se sente parte da história da cidade.

Philipéia, o disco novo de Madalena Moog, funciona como ode a João Pessoa e como homenagem à cachaçaria, que por si só também é uma ode a João Pessoa. É um daqueles discos pra ser escutado do começo ao fim, na ordem. O som se distancia cada vez mais do rock dos primeiros discos, e abraça uma coisa mais light, mais samba, mais carnaval. As letras, mesmo quando não falam sobre a cidade, falam sobre a cidade. Um trecho de uma letra diz: "deu no jornal, vai ter aumento de passagem". Pode ser qualquer lugar do Brasil, mas ao mesmo tempo soa extremamente pessoense no contexto.



Tracklist:
01 - Ela Só Pensa Em Namorar
02 - Bifurcação
03 - Felicidade
04 - Philipéia
05 - As Borboletas
06 - Como É Triste!
07 - Beco da Cachaça
08 - Elogio ao Mestre Donga

Madalena Moog - Samba pro seu dia (2010)






madalenamoog.blogspot.com.br

Madalena Moog - 2001 EP ( 2011)




2001. Stanley Kubrick e Arthur C. Clarke idealizaram-no mais pródigo do que ele foi, realmente. Na gestação da Madalena Moog, foi aí também que tudo começou: a viagem temática dos nossos experimentos sonoros. E ela também (noutro sentido, evidentemente) foi além do que idealizamos, na época. Parece que isso é bem comum, afinal.

“2001” não foi pensado como EP; não era, muito menos, algo feito para ser mostrado ao público. As músicas, gravações bem caseiras e experimentais, eram apenas... gravações bem caseiras e experimentais. Nada planejado para divulgação, etc. Foi em referência a Kubrick e Clarke que elas recebem os nomes “retrô-futuristas”, evocando o passado que assentava-se no presente, mas desencantado - como na frase inicial de “Aqueles que Vivem no Céu” (em inglês, naturalmente), repetida e a repetir-se, perdendo-se em seu silêncio espaço-espacial: “Alguém está chorando agora, e está chovendo.” E nos também nos distanciamos; mas ainda não nos perdemos.
2001 foi um ano difícil; emblematicamente marcado pelos ataques às torres gêmeas, na ilha de Manhattan, coração financeiro de Nova York: o World Trade Center. Lembro bem daquela manhã do 11 de setembro. Eu dava uma aula de Introdução à Sociologia, e a diretora pediu licença para interromper, dizendo: “Gente, estão jogando aviões sobre os Estados Unidos, um monte deles...” Eu somente pensava em uma Terceira Guerra Mundial. Tinha relido a graphic novel de Alan Moore e Dave Gibbons, Watchmen, bem recentemente. E lembrava de uma música, da banda gaúcha, Engenheiros do Hawaii: “Quando eu abro a janela, quando eu vejo o jornal / Eu vejo a cara dela, a Terceira Guerra Mundial / Jogam bombas em Nova York..." As referências se multiplicavam. E do que veio depois de tudo, todos já sabem bem.
É verdade que o primeiro registro sonoro da Madalena (sem o Moog, na época - seria acrescido em 2006, quando eu fui morar em Porto Alegre) somente sairia em 2002, com o lançamento de um EP homônimo. Antes, porém, essas gravações caseiras, usando um velho teclado Yamaha PSR 620, ligado a não sei quantos pedais, assomado a bancos de madeira (como no caso de “Aqueles que vivem no céu”) e tudo o mais que produzisse algum som. Tratava-se de um “vamos ver como é que fica”. E o que ficou é o que você pode ouvir aqui, no “2001”. Dê um desconto quanto à qualidade, fique com o som, sem preconceitos.
Como você poderá notar, muita coisa mudou de lá para cá e, sinceramente, espero que para melhor. Seja como for, trata-se de um presente (estamos fazendo 10 anos de banda, entre hiatos e reticências) àqueles que gostam da banda, e que não conheciam ainda este seu lado mais, digamos, obscuro – da época em que a Madalena era a banda de um homem só: yo. Apertem os cintos; boa viagem!

Patativa Moog, em setembro de 2011

Set

01 - Aqueles que Vivem no Céu
02 - Voyager
03 - Júpiter & Seus Satélites
04 - Cressid's Love
05 - Espirais CCs

Download



Observação. Como já foi dito, as gravações são caseiras (feitas em Kakewalk) e, como tal, requerem alguns “descontos dos ouvintes”. Todas as músicas são de Patativa Moog (oi!), e todos os instrumentos são tocados por ele (rsrs...), exceto o baixo elétrico em “Júpiter & Seus Satélites”, gravado por Edy Gonzaga, depois (parece que em junho de 2002).

Madalena Moog – Júpiter e seus satélites (EP 2006)



Quando veio morar em Porto Alegre, no primeiro semestre de 2006, ele “veio de mala e cuia”, como dizem lá pelas bandas de João Pessoa, que foi de onde ele veio, meu amigo Patativa. Aqui, na PUC, nós nos encontramos e, ali pelo café do Prédio 5 ou do 50, em dias bem frios, falávamos sobre arte, cultura, música, etc.


E foi numa dessas conversas que ele me falou da saudade que tinha de tocar sua guitarra, que não trouxera consigo. Nas mudanças, nós sempre deixamos algo para trás, alguma coisa que não podemos levar. Foi aí que eu decidi lhe apresentar um amigo meu, Tiegue, guitarrista que, depois, tornou-se amigo do Patativa, e encabeçou a nova formação da Madalena aqui em PoA, acrescentando o “Moog”, em homenagem ao Viana Moog e, principalmente, ao Robert Moog, que foi quem criou lá pelos anos 60 o sintetizador analógico que leva o seu nome. A idéia, segundo soube, era remeter o som da banda às referências retrôs tão marcantes aqui, e mesmo que não viessem usar o tal instrumento em futuros shows. Sim, porque logo depois desses primeiros encontros e papos animados, começaram a programar ensaios e mil idéias que não vingariam. Certo mesmo é que Patativa se animou ao ponto de mandar buscar a sua guitarra (uma Cort Mirage 500) em João Pessoa, e também seus pedais. Certo também é que, além de um único show que fizeram por aqui, ali no Kant (bar e filosofia de bar), na Cel. Neves, 150, Medianeira, a Madalena Moog também gravou, na casa de Tiegue, que era onde também ficava o estúdio, três músicas que eu adoro, e que até hoje me pego cantando pela casa em dias coloridos assim, como o de hoje.

Madalena Moog. Kant: bar e filosofia de bar. Medianeira. Porto Alegre, 30/04/2006.

Não sei mais repetir a origem das músicas – um dia eu já soube. E quando ouço “Inés”, não lembro de bandas referentes. Isso é bom? Quando escuto “Carrossel”, é com uma tristeza feliz que escuto. O som do órgão, aí, dá um peso bem grave a tudo, inclusive ao poeminha que se mostra tão leve, narrando cenas de um dia de verão/outono... e faz aumentar a sensação de fim de dia, e de uma solidão acompanhada de lembranças mudas. Gosto de “Carrossel”, e o nome me soa onomatopéico. De “Júpiter e seus satélites” nada sei dizer, pois essa, até onde eu soube, foi gravada em João Pessoa, também em casa. Ia cometendo uma injustiça horrível: a formação da banda, aqui (que durou menos de um ano), também contou com: Alet Castro (baixo), Juliano Rodrigues (bateria) e Louise Frasca e Jaqueline Tomasini, que davam uma força nos backing-vocals. Enfim... O que restou desse tempo bom foi um verso que eu corto de “Inés”, pra reclamar que “Patativa nunca liga, nem manda e-mail”. Que pessoa mais ingrata!
Tatiana P. Rohden
Ficha:
Júpiter e seus satélites foi gravado em setembroutubro de 2006, em casa (de Tigue V. Rodrigues). Patativa tocou guitarra e teclado e cantou em todas as músicas, e fez as programações de bateria em “Júpiter e seus satélites”. Tiegue tocou guitarra-solo em “Inés”, em “Carrossel”, nas quais também gravou os sintetizadores e fez as programações. Em “Júpiter e seus satélites” Edy Gonzaga gravou o baixo, depois. As músicas não tinham finalidade comercial, e por isso não receberam tratamento adequado. Esse EP é para Tatiana (Tatchiiii...), que fez o release e exigiu mostrá-lo aos nossos amigos.
FONTE: http://www.madalenamoog.blogspot.com/

Madalena Moog – Universal Park (2009)




A faixa "Grow up!" dá a tônica e a musicalidade desse novo trabalho. O crescimento pode acontecer de forma serena ("Grow up!"), como também pode acontecer de forma violenta ("Grow up! 2"). Ao ouvir as duas versões, o entendimento vem de imediato. Madalena Moog dita um mote de álbum conceitual (a maioria das músicas giram em torno de um mesmo assunto, além da repetição de um tema, no caso, "Grow up!"), porém, foge do conceito e do padrão.

A banda, depois de quase oito anos na estrada, entre idas e vindas, paradas e atropelos, encontrou uma formação concisa e entrosada. E mesmo com o domínio da sonoridade retrô (como denuncia o Moog), a banda não vive o passado nostalgicamente, mas cresce com os eventos e adventos da longa e sinuosa estrada. O universo da Madalena Moog se revela nas citações e fragmentos sonoros reunidos ao longo das doze faixas. Entre as citações, além do trecho de poemas de William Blake – esse explícito e confesso no encarte ("Joy is my name"/"Ah! Sun-flower!") – são percebidas frações de Roman Polanski, Tom Jobim, Chico Buarque, Eric Clapton, Woody Allen, Beatles, William Burroughs ("Eu vejo os espelhos"/"Hey, amigo!"), Marshall McLuhan, Gerson Conrad ("Universal Park"/"Sonic Lab"), Os Mutantes e Wondermints ("Arnado dos Mutantes").

Em "Eu vejo os espelhos" detectam-se filmes, MPB e poesia beatnik, onde, implicitamente, uma atmosfera psicodélica se instala com uma a guitarra indo da direita pra esquerda, enquanto um discurso impertinente é proferido. Em "Universal Park" e "Sonic Lab" o experimentalismo predomina na letra da primeira, e na musicalidade da segunda. Sem esquecer de mencionar o sutil humor no tom e nas palavras que saem da boca de Patativa Moog. Como cúmplices e parceiros dessa empreitada, estão: Edy Gonzaga (baixo/violões/guitarras), Rieg Wasa (guitarras/sintetizadores/computadores), Emerson Pimenta (bateria) e João Henrique (trompete).

Madalena Moog diz adeus ao passado ("Hello! Goodbye!"), e nos mostra uma visão do presente. Uma visão do mundo, exclusiva deles, que não nos pertence. Resta-nos a música, que nos dá asas para acompanhar, não só o presente, como também, conhecer o passado e se lançar ao futuro.

Escrito por Olga Costa 

Fonte: Musica da Paraíba


Madalena Moog é:

Patativa Moog: voz, guitarras, violões, teclados, baixo, efeitos

Rieg Wasa: guitarras, sintetizadores, computador

Edy Gonzaga: baixo, guitarras, violões

Emerson Pimenta: bateria

João Henrique: trompete


Produzido por Madalena Moog. “Universal Park” foi gravado, mixado e masterizado entre julho de 2008 e maio de 2009, no Estúdio Peixe-Boi (João Pessoa-PB), por Marcelo Macedo e Madalena Moog. Letras e músicas de Patativa, exceto “Hello! Goodbye!”, letra de Patativa e Olga Costa. “Joy is my name” e “Ah! Sun-flower!” contêm trechos de poemas de William Blake, a quem é dedicado este álbum, e outros acidentes. Nildo Gonzalez toca bateria nas faixas: 3, 4, 7, 8, 10, 11 e 12; Biu Nett toca baixo nas faixas 1 e 2. Outras participações: Jean, trombone; Mirna Hipólito, flauta transversal; Sarah Falcão, violino; João Cassiano, percussão; Técci Brandão, backing vocal. Outras vozes: Julie Christie (interview nas duas versões de “Grow Up!”); Fabiano Formiga, Marcelo Macedo (falas adicionais em “Arnaldo dos Mutantes”); o discurso de “Eu vejo os espelhos” é sampleado de Propagandhi: “Only good fascist is a dead one”. As fotos do encarte são de Sarah Falcão e Anderson Silva. A todos que tornaram este álbum possível, e a você que gosta da banda, muito obrigado!


A música "Grow up!" (do álbum de 2009, "Universal Park"), da Madalena Moog, está na 78º emissão da rádio-web portuguesa Cowboy Cantor (ouve aí, é a segunda na programação): http://media.libsyn.com/media/cowboycantor/078.mp3
"Lucy fala com as paredes", da Madalena Moog está no Programa Frente (#34), apresentado pelo Henrique Portugal (Skank):
http://programafrente.com.br/home/

Faixas

1 – Grow Up!
2 – Hello! Goodbye!
3 – Grow Up! (versão 2)
4 – Hey, amigo!
5 – Sonic Lab
6 – Ah! Sun-flower!
7 – Joy is my name
8 – Edmundo Gonzalez
9 – Universal Park
10 – Lucy fala com as paredes
11 – Arnaldo dos Mutantes
12 – Eu vejo os espelhos

Madalena Moog - Stronic Up! (2006)



Stronic Up! foi gravado no sistema ao vivo (instrumentos antes e voz depois), mixado e masterizado entre janeiro e fevereiro de 2006, no Estúdio Peixe-Boi, em João Pessoa – PB. Todas as letras e música são de Patativa. “A rua da vida feliz” contém o trecho de um poema, homônimo, de Adélia Prado; “As casas” contém uma citação de Cecília Meireles, do livro “Romanceiro da inconfidência”.





Ficha técnica:

Patativa: voz, guitarra, teclados, samplers e efeitos

Silmara Ferreira: voz e efeitos

Edu Paz: guitarra

Edy Gonzaga: baixo

Emerson Pimenta: bateria


Informações adicionais e contatos:

www.myspace.com/madalenamoog8

Telefone: (83) 8860 4063 (Patativa)

Madalena Moog – Stereo EP (2003)




Houve uma época em que Patativa acreditava que a música, mais que ela mesma, poderia ser “mensagem”, e suas letras poderiam ser instrumentos revolucionários – herança tardia do que se fazia nos anos 80 (Plebe Rude, Legião Urbana, etc). Não é o que ele faz ao musicar o papelete de um menino que, num ônibus, às “14:40” (e daí o nome da música), distribuía-o entre os passageiros, pedindo ajuda? “Senhores passageiros, colaborem comigo comprando esta pastilha por apenas R$ 0,50...”; não é o que ocorre quando ele faz a música de “First fruits”, um abecedário acróstico que ensina as primeiras letras às crianças da Inglaterra protestante do século XVI? Houve uma época que Patativa acreditava no poder da poesia, e acreditava que também ele, como todo mundo, poderia ser poeta. Não é por isso que ele faz a letra de “Música de inverno”, seguindo as pegadas da mineira Adélia Prado, que é citada? “Quando chega o inverno, aproveito os dias de chuva / Não espero que o sol se ponha / Deixo a noite ser como o dia / E se esbarro numa saudade, aproveito isso também: / Leio tudo o que posso, sem pressa / Comendo verso por verso / Ouvindo os pingos de chuva caírem no teto / Ah, Adélia! Velha amiga, você me inventa outra estação?...” Não é por isso que ele escreve “A tempestade”? “Haverá uma noite fria / Você perdido por aí, buscando horizontes, encontrando abismos / Porque todo mundo é uma ilha...” É, houve um tempo em que Patativa acreditava que as amizades poderiam ser quase transcendentes, transcendentais, e que o utilitarismo não era assim tão medonho. Houve um tempo encantado, e isso não faz tanto tempo assim. Era final de 2002 e início de 2003. Foi nesse ano que o álbum “As flores mortas e outros prenúncios” foi lançado. Mas aí, e já pelo tema, vê-se o desencanto aparecendo, como arco-íris que vai se desmanchando no céu. Não é por isso que existem as canções: “As flores mortas”, “Talvez” e “27 de agosto”? Era gótico? Influências estrangeiras (The Cure, The Jesus and Mary Chain, etc), ou desencantamento mesmo? O presente EP – da banda que, na época, se chamava apenas Madalena – é uma seleção pessoal do Patativa, que não pensou em dar explicações do porque da “seleção”. Das quatorze faixas do álbum original, ele recolheu as sete que aqui apresentamos (uma leitura psicológica do autor?). Excluindo tantas outras, ele parece nos recomendar, como “27 de agosto”: “Não espere muito de mim, eu não tenho tanto...” O EP, homônimo, é o registro de um tempo esquecido da banda, que tomou outras direções, que apostou noutro seguimento; mas sem ignorar suas raízes de encantamentos. É, outrossim, um presente aos amigos e fãs que procuram pelo primeiro álbum da banda, físico ou na grande rede, e nada encontram – porque seu proprietário intelectual, isso ele mesmo disse, teve o cuidado de remover quaisquer rastros do mesmo. É, por fim, e com o consentimento do mesmo, uma forma de dizer: “A gente era assim, aí a gente cresceu... olhe pra gente hoje! mas foi daqui que viemos”. Enfim, houve uma época que Patativa acreditava que as músicas eram feitas para serem ouvidas, como se fossem pequenos sermões. Se hoje ele acredita que as músicas são feitas, como diz, “para serem sentidas”, música pela música, arte pela arte. Mas isso não foi sempre assim. Boa audição! 


Release e ficha-técnica escritos por: Susan Handfield

Ficha técnica de “Madalena Moog” (EP de 2003):
Gravado e mixado no final de 2002 e início de 2003, em casa (João Pessoa). Masterizado em março de 2003, no Estúdio Peixe-Boi (João Pessoa). Todas as letras, músicas, arranjos e arte das capas originais são de Patativa Moog. Músicos adicionais: Rodrigo Rocha (baixo); Mirna Hipólito (flauta transversal), Jailson Mello, Ratto (baixo e programações); Evágoras (teclado); Fernanda (violino); Tribo Éthnos, backing-vocal em “27 de agosto”.

Em 2003, Madalena Moog era:
Patativa Moog: Voz, violão, guitarras, teclados, programações e efeitos
Silmara Ferreira: Voz
Edu Paz: Guitarras

28 de agosto de 2012

NoSkill - Reconstruir (2009)




Terceiro trabalho da banda formada em João Pessoa desde 2005 e que faz um hardcore sem frescura e bem elaborado, já tendo um  belo curriculo na Cena do rock de João Pessoa, chegando inclusive a realizar uma turnê com a banda neerlandesa Bambix, passando por Recife e Maceió.  


Faixas

1. Contradições
2. Retrair
3. Cego Comodismo
4. O Que me Convém
5. Desconstruindo
6. Volver




20 de agosto de 2012

Ubella Preta + Jaguaribe Carne - Em Tubos de Ensaio no Laboratório Experimental








Ubella Preta

Gênero: Afro-beat / Experimental / Psicodélico
Local ParahybaBr
Exibições de Perfil: 18928
Último Login: 14/05/2012
Membro Desde 21/12/2009
Selo de Gravação Mardito Discos
Tipo de Selo Principal

  • Membros

    • David Neves - Guitarra, Synth & Samples Felipe Nicolensis - Baixo Eletrico e Samples
  • Influências

    • Lanny Gordin, Arnaldo Baptista, Thelonius Monk, Itamar Assunpção, Alan Moore, Soft Machine, Free to Jazz, Syd Barret, Steve Reich, John Cage, Edgar Froese, Fela Kuti, Horace Silver, Orgonio...

    • Jaguaribe Carne


Ubella Preta - Água de jamaica (2010)








Gênero: Afro-beat / Experimental / Psicodélico
Local ParahybaBr
Exibições de Perfil: 18926
Último Login: 14/05/2012
Membro Desde 21/12/2009
Selo de Gravação Mardito Discos
Tipo de Selo Principal


    • Membros
    • David Neves - Guitarra, Synth & Samples Felipe Nicolensis - Baixo Eletrico e Samples
    • Influências
    • Lanny Gordin, Arnaldo Baptista, Thelonius Monk, Itamar Assunpção, Alan Moore, Soft Machine, Free to Jazz, Syd Barret, Steve Reich, John Cage, Edgar Froese, Fela Kuti, Horace Silver, Orgonio...

Jessier Quirino no Programa do Jô









Jessier Quirino, um dos principais representantes da cultura popular nordestina da atualidade, em entrevista no Programa do Jô. Exibição no dia 02/07/2008.

http://www.jessierquirino.com.br/


Jessier Quirino - Berro Novo (2009)





Jessier Quirino - Paisagem de Interior 1 ( 2007)






Jessier Quirino - bandeira Nordestina ( 2006)


Faixas: 

1 Bandeira nordestina
2 Umbuzeiro sagrado
3 O dizido das horas no Sertão 
4 Endereço de matuto 
5 A cumeeira de aroeira lá da casa grande (participação de Maciel Melo) 
6 Maria Pano de Chão 
7 Linda não, aquelas tuia
8 Uma fachada de cinema com o nome dela apregado 
9 Fé menina 
10 Miss Feiúra Nenhuma 
11 Baixe as arma comedor 
12 E o povo gritando amém 
13 Politicagem/ Tire seu político do caminho/ De domingo agora a oito 
14 Outra de Mané Cabelim 
15 Cumpade Lelé Garrinha fez um golzão de lascar/ Casamento esportivo



Download

http://www.jessierquirino.com.br/


Jessier Quirino - Prosa morena ( 2001)



Audio do terceiro livro de poesias do poeta Jessier Quirino, pela editora Bagaço, Prosa Morena reúne 58 poemas em linguagem matuta, com diversas palavras inventadas pelo autor, e também um conto humorístico com o seu personagem chamado "Mané Cabelim", em 122 páginas.

Uma estética do riso deveria ser o título desse recente lançamento de Jessier Quirino.
Quando "Chica Boa e Zé Qualquer fazem sala na cozinha", tem-se a impressão de que eles estão debatendo as imprecisões conceituais que permeiam os estudos sobre cultura popular. Não se pretende aqui uma embolada, tendo o cordel, o romance, o popular, o regional e até uma postulada "literatura oral" como seus principais ingredientes.
Entretanto, ao lermos Secas de Março (p.89) e Vou-me Embora Pro Passado (p.95), podemos incluir as prosas morenas de Jessier Quirino no inconsciente coletivo, berço natural das antíteses. Primando pelas inversões e deslocamentos de significantes e significados, o autor - apaixonado pelo mundo às avessas - consegue o efeito carnavalizador da contracultura.
Ao lado de Roberto Drumond, Nêumanne Pinto, Waldemar Solha e tantos outros que perseguem a desordem bakhtiniana, Jessier Quirino destrona o popularesco, vinca a estilização e converte a paródia numa comissão de frente, na qual "Dr. Enilton Tabosa" e "a filha de Zoroasto" contracenam com Roy Rogers e Doris Day.
Da intra e intertextualidade e/ou entre apropriações e paráfases tem-se um percurso em que o "bolero de Isabel" caminha "Pru-Qui Pru-li, Pru-culá" para refazer a tradição carnavalizadora. Configurações quirinescas da moreneza brasileira, sem dúvida.Por Elizabeth Marinheiro (Ensaísta e professora)

http://www.jessierquirino.com.br/




16 de agosto de 2012

Chico Corrêa - EP virtual DerivaSons


O músico paraibano Chico Correa (4o da esq. p/ a dir.) com a Eletronic Band e
 a capa de seu disco de estreia, de 2006. Fotos: divulgação
Quando lançou o seu álbum de estreia, Chico Correa & Electronic Band, em 2006, Chico Correa tinha a intenção de incluir remixes de suas canções feitas por outros músicos no próprio disco. No entanto, não teve tempo de concretizar o plano. Em 2012, após reunir 14 adaptações de seu trabalho, retoma o projeto e lança o EP virtualDerivaSons.
Já pensando que outras pessoas deveriam se apropriar de sua música, Chico Correa e a Electronic Band registraram o primeiro álbum com licença Creative Commons, Share Alike, dando sinal verde para que fossem feitas quaisquer alterações no material, com ou sem fins comerciais. “Meu trabalho de criação passa por reinvenção, samplers, versões. Nada mais natural do que deixar esse fluxo continuar”, defende o músico.
Com todos os contatos feitos por meio da internet, o álbum virtual tem adaptações assinadas por amigos de diversas regiões do país: DJ Flu, de Porto Alegre; TRZ, DJ Tudo, Axial e Sampler Vagabundo, de São Paulo; Lucio K e Cybass, do Rio de Janeiro; Mangaio, de Salvador; DJ RSA, de Triunfo, PE; FurmigaDub, NomadeRiddim, Guirraiz e o próprio Chico Correa, de João Pessoa, PB.
Para ouvir o resultado do novo trabalho, acesse o link http://soundcloud.com/chicocorrea-eband/sets. 

Entrevista: Arthur Pessoa ao Itaú Cultural ( Nordeste Oculto)

8 de agosto de 2012
“O CENÁRIO INDEPENDENTE BRASILEIRO ESTÁ CADA VEZ MELHOR”
A opinião é de Arthur Pessoa, vocalista da banda Cabruêra, que lança disco em que revela a religiosidade nordestina por meio da palavra, da imagem e da música.
texto itamar dantas


À esquerda, Arthur Pessoa durante a gravação do álbum. À direita, a capa do disco 
Nordeste Oculto. Fotos: divulgação
Com 14 anos de estrada, a banda Cabruêra já é velha conhecida no cenário alternativo nacional. Em 2012, o grupo lança o seu quinto álbum, Nordeste Oculto, inserido em um projeto mais amplo, Visagens Nordestinas, que explora traços religiosos do nordeste brasileiro por meio da música, da imagem e da literatura.
O disco vem acompanhado de um livro de fotografias de Augusto Pessoa, fotógrafo com extenso trabalho na região; e de textos relacionados à espiritualidade redigidos por Alberto Marsicano, músico brasileiro responsável por introduzir a cítara no país.
Músicas como “Aboio Indiano” e “Filhos do Vento” tratam do sincretismo entre religiões nordestinas e tradições orientais. As faixas são marcadas pela presença da cítara em meio ao cancioneiro popular e à música eletrônica. A banda Cabruêra é formada por Arthur Pessoa na voz, no violão e em outros instrumentos, Leo Marinho na guitarra, Pablo Ramires na percussão e Edy Gonzaga no baixo.
Em um bate-papo com o Álbum, Arthur Pessoa explica as diretrizes do novo trabalho e garante: “O cenário independente brasileiro está cada vez melhor”.
ÁLBUM - Conte um pouco do processo de criação do disco Nordeste Oculto e do projeto Visagens Nordestinas.

Arthur Pessoa - Esse projeto nasceu a partir da amizade entre nós da Cabruêra e o citarista Alberto Marsicano. Ele trouxe essa ideia de fazer um disco que criasse uma relação entre a música nordestina e a oriental. Como nós tínhamos o projeto de um livro de fotografias do meu irmão, Augusto Pessoa, que teria trilha sonora da Cabruêra, resolvemos fazer um projeto de artes integradas, que unisse, a princípio, a música e a fotografia. Depois, o Marsicano sugeriu escrever os textos sobre o universo das músicas. A ideia foi abordar um tema místico, essa força da religiosidade no Nordeste. E, ao mesmo tempo, mostrar as conexões entre várias tradições religiosas e o universo oriental. O disco nasceu desse mote trazido pelo Marsicano. E, a partir daí, desenvolvemos o repertório, com algumas composições em parceria, e todas abordando esse tema do universo místico do Nordeste.

As fotografias do Augusto Pessoa foram selecionadas de um acervo de fotos produzido  por ele desde 2001. Vocês fizeram as composições com base nas fotografias? Como se deu essa parceria?
Na verdade, foi ao contrário: ele procurou fazer uma seleção de imagens que tivessem a ver com as músicas. Ele sempre teve inspiração na religiosidade, na crença dos nordestinos, isso faz parte do universo que ele aborda nas fotografias. O Marsicano também criou os textos com base no que estava sendo tratado em cada canção, e então a gente uniu a fotografia, a música e a literatura. O trabalho do Augusto acompanha o da banda Cabruêra desde o primeiro disco. Nós sempre utilizamos as fotografias dele como encarte dos nossos álbuns. O nosso disco anterior se chama Visagens (2011). O Augusto sugeriu esse título para uma exposição e nós pegamos emprestado para colocar no álbum. E então reaproveitamos o nome no projeto, Visagens Nordestinas. Como o disco ficou com o nome Nordeste Oculto, resolvemos chamar o livro de Nordeste Desvelado, fazendo essa brincadeira entre o que está escondido na música e o que se mostra por meio das imagens, da fotografia. Sempre que temos oportunidade, fazemos uma exposição das fotos juntamente ao show. E, quando não é possível a exposição, fazemos pelo menos a projeção das fotos durante as apresentações.

Você comentou da influência da música oriental no disco. Quais referências musicais desse universo distante vocês buscaram?
No caso da música oriental, a presença se dá pela cítara do Alberto Marsicano, que morou por muitos anos na Índia e é estudioso desse universo. Por exemplo, uma das faixas, “Aboio Indiano”, faz uma conexão entre o mantra do Oriente e o aboio nordestino. Mostramos que a origem do aboio nordestino é evidentemente oriental. É uma influência que veio com as caravelas, quando os portugueses vinham de Lisboa e passavam em Goa, na Índia portuguesa. Junto das especiarias, das frutas, eles trouxeram essa técnica milenar de tanger o gado. Então, essa harmonia sofisticada dos mantras está presente nos aboios também. Nessa música, convidamos o Chico César, da região do Catolé do Rocha (PB), que tem essa força do aboio. Marsicano gravou a cítara e Chico Correa fez a programação eletrônica. Em relação aos ciganos, tem uma música que se chama “Filhos do Vento”. Ela mostra toda a importância dos ciganos, sua sabedoria e seus conhecimentos, que se demonstra até hoje no Nordeste.

Você comentou que o Chico César fez uma participação no disco. Houve também outras participações, como Oliveira de Panelas, Chico Correa e Macaxeira Acioli. Como essas pessoas se somaram ao projeto?
Estamos sempre convidando pessoas que fazem parte do universo independente, como nós. O Chico César já tinha produzido um trabalho com o Marsicano, então já tínhamos uma amizade em comum e queríamos aproveitar a relação dele com o aboio. Convidamos também o Luiz Carlos Vasconcelos [ator paraibano] para gravar a vinheta que abre o disco, um poema do William Blake traduzido pelo Alberto Marsicano. Chamamos o Macaxeira Acioli e o Nildo Gonzalez, do Sonora Samba Groove, um grupo novo aqui da Paraíba; e o Chico Correa, velho amigo que já produziu o nosso terceiro disco e tocou conosco durante um bom tempo. São pessoas do mesmo universo, são amigos. E sempre agregamos pessoas com quem trabalhamos há alguns anos. O Erivan Araújo já tinha trabalhado conosco em outros álbuns e fez o arranjo dos metais. Haley Guimarães, tecladista da banda Burro Morto, produziu o disco. Dois integrantes da Cabruêra fazem parte dessa banda: o Pablo, baterista da Cabruêra, toca percussão, e o Leo Marinho, nosso guitarrista, também toca com eles. Ensaiamos no mesmo estúdio onde o CD foi gravado. Então, fizemos o trabalho nesse clima de irmandade com pessoas próximas.

Como anda a produção musical alternativa na Paraíba? E no Brasil?
Cada vez melhor. A Paraíba sempre contribuiu musicalmente para o país. Desde os tempos do Jackson do Pandeiro, do Geraldo Vandré, até a geração mais nova, com Chico César. E tem toda uma outra geração, de dez, 15 anos para cá, que está nesse universo da música independente e tem conseguido gravar, viajar, participar de festivais, mostrar o seu trabalho. Estamos vivendo uma época de fortalecimento dos coletivos culturais, circuito Fora do Eixo e festivais. Atualmente, artistas independentes têm a oportunidade de formatar o seu trabalho e dar continuidade: construindo uma discografia, viajando para outros estados, mostrando o seu trabalho até fora do Brasil. A Cabruêra já fez 11 turnês pela Europa; o Chico Correa acabou de voltar de um show na França; o Sonora Samba Groove está indo para a Espanha. O mercado está cada vez mais aberto para esses sons. Antes, os grupos apareciam e tinham muitas dificuldades: primeiro para gravar um disco, depois para conseguir lançar. E, geralmente, as bandas acabavam se desfazendo, por conta dessa dificuldade de conseguir criar sustentabilidade para o seu trabalho. Hoje em dia, o artista independente já começa visualizando uma possibilidade. Desde que tenha um trabalho legal, feito com profissionalismo, ele já consegue circular e criar o seu público a partir da própria região, sem precisar ir para o eixo Rio-São Paulo. Vivemos um momento muito bom para a música independente não só na Paraíba, mas no Brasil.