Gravado em 1993, Instrumental é o segundo registro do Jaguaribe Carne, o lendário projeto de Pedro Osmar e Paulo Ró criado no bairro de Jaguaribe em 1974. É possível que o grupo tenha sido a primeira banda completamente independente do país. E também eram muito mais do que uma banda. Um coletivo de guerrilha cultural, que surgiu para "estudar, difundir, praticar, experimentar, fazer intercâmbios e trocar idéias com artistas da cidade de João Pessoa e de todo o estado da Paraíba".
É difícil, inútil e preguiçoso querer categorizar Jaguaribe Carne dentro de um estilo musical bem definido. Eles são o resultado de um conjunto gigantesco de influências do mundo inteiro, da música clássica ao caboclinho do sertão ao experimentalismo mais puro e mais livre.
O experimentalismo do Instrumental começa antes de você dar o play: cada um dos mil discos da tiragem teve uma capa diferente feita por artistas plásticos profissionais e amadores, através de oficinas em várias cidades nordestinas. O disco é feito quase cem por cento de músicas instrumentais, é quase um manifesto de como a criatividade combate e derrota o virtuosismo estéril. Mas a faixa que abre o disco não é instrumental. A letra é simples: o povo não precisa de esmola / precisa de escola pra se educar / precisa de cultura para avançar / o povo precisa de armas pra trabalhar / precisa de justiça pra se afirmar. Isso é Jaguaribe Carne.
Faixas:
02 - Saltos
03 - Piratas de Jaguaribe
04 - Ritmo de Baião
05 - Nostalgia
06 - Liquidificador Industrial
07 - Ciranda
08 - Outro Tempo
09 - Sotaque de Pindaré
10 - Acho que vem alguma coisa por aí
11 - Entrevista (Pedro Osmar, Paulo Ró e amigos)
Salve. Otimo o blog camara. tem muita coisa rara aqui. da uma olhada ai no meu blog tambem. http://rottingandmiserablessoundsofdeath.blogspot.com.br/
ResponderExcluirja to seguindo o seu!