Perto do Rio Sanhauá, num recanto Parahyba de expressões, o quinteto Sonora Sambagroove vem catando música pra reciclar. A mais nova boa nova é “Amassar a Lataria”, segundo EP da banda, que vem desenvolvendo um trabalho de pesquisa sobre canções feitas na Paraíba nessas, em outras e em indeterminadas épocas. Em maio do ano passado a banda lançou “Gentileza”, disco que trouxe as canções Fugirei e Gentileza, de Arthur Pessoa, Topada, de Adeildo Vieira, além das groove-varadourorianas-experimentais Achamudega e Cigana, feitas pelo próprio grupo. Arte Culinária, de Pinto do Acordeon, foi lançada como bônus na rede, complementando esse primeiro trabalho.
Agora quem vem cantando pela boca dos bons sujeitos é Totonho, paraibano, monteirense, radicado no bairro da torre da capital. O cabra-man cedeu a música que intitula o disco e é ainda co-autor de Meninos, canção feita nos tempos do musiclube da Paraíba, pelos também inquietos rapazes provocadores Milton Dornellas, Pedro Osmar e Adeildo Vieira. E agora reavivada pelo Sonora. Côco da Jumenta, de Erivan Araújo, cajazeirense maestro da lendária Tocaia da Paraíba, abre os trabalhos. O malandro Parrá, compositor do tempo que se dizia sem dizer, sabedor popular da melhor espécie, cedeu Fumo de Parrá, samba de latada com pitada ragga. Coisa de Sonora. A banda assina Casa da Pólvora, vinheta instrumental presente em todos os shows e agora firmada no segundo álbum.
E assim, sem muito limite rítmico ou qualquer bitola musical, a banda entrega com maior prazer ao público o resultado de mais essa empreitada, que tem por objetivo maior ressaltar cultura como identidade, cantando o lugar e suas curvas. Do jeito Sonora Sambagroove. Fastem as cadeiras mas, acima de tudo, abram os ouvidos. O disco tá disponível e imperdível.
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